FUJA JÁ

22/10/2017 17:40

 

FUJA JÁ! 

Por Genildo Alves de Lima

 

    Não temos muitas opções quando percebemos o perigo. Embora pareça contraditório, o perigo parece ser o único inimigo que nós fazemos bem em não enfrentá-lo. Ou melhor, parece que um dos golpes mais eficazes que podemos aplicar-lhe é a fuga!

    Esse é um ponto de vista novo para mim e, talvez, pra você. Digo: “dá personalidade ao o perigo”. Como se o pudéssemos ver em um confronto com alguém.  Logo percebemos que seria diferente, porque numa luta tal como a conhecemos, os dois lutadores oferecem mutuamente e simultaneamente “perigo” um ao outro, e, no mínimo, podemos concluir que um dos lutadores eliminaria o outro que o oferecia perigo. Mas ao fazer isso, não eliminaria o perigo em si, pois acabara de oferecer perigo para aquele que foi vencido! Não é mesmo?

 

    DE ONDE, ENTÃO, VEM O PERIGO?

 

    O perigo vem de onde surgem intenções hostis à vida, ao bem, ao bom e à verdade. O bem maior, e, por conseguinte, o doador da vida e do que é verdadeiramente bom e verdadeiro é Deus – o Criador e mantenedor de todo o universo.

    A fonte de hostilidade contra Deus e sua criação é o inimigo de nossas almas – Satanás, e o mundo por ele influenciado, é o difusor de sua hostilidade. É por isso que a Bíblia diz que “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.” (I João 5 : 19).

    É necessário, no entanto, que se saiba que essa hostilidade não bate à porta de suas vítimas dizendo: “olá! Eu sou o inimigo e quero te separar de Deus”. Não. Na verdade, ela vem elegantemente disfarçada de algo como “elemento natural das relações sociais da atualidade”, e seu destinatário se verá cercado de incentivo e até pressão social para que a receba alegremente. É daí que vem (e quase sempre não é notado) seu vantajoso enviado – o Perigo!

 

    QUE PERIGO NOS RODEIA? E DE QUE LADO ELE VEM?

 

    TUDO QUE atenta contra nossa comunhão com Deus é perigoso; ou seja, traz o perigo consigo. E a cada dia que se passa ampliam-se as probabilidade de encontrarmos mais perigo. Ele vem de várias frentes, e sempre bem embrulhado numa bela embalagem, de modo que, muitas vezes, parece inofensivo.  

 

    Já há muito tempo...

    Nas formas de governo, sejam as ditaduras, sejam as democracias, uma ou outra vez, o perigo veio camuflado atentando contra os valores éticos e morais. Também nas convenções religiosas movidas pelo valor das institucionalizações humanas, com maior ou menor intensidade, o perigo veio escondendo-se em discursos de aparências de santidade, mas que negam a eficácia desta com as ações que se seguem.

    O perigo potencializa-se quando consegue camuflar-se; quando não se torna visível; perceptível.

    O perigo que atenta contra nossa relação com Deus nem sempre está tão perceptível, mas se nós atentarmos para sua aparência nos sairemos bem, já que a palavra de Deus nos orienta a “fugir da aparência do mal” (I Tss. 5.22).

 

    MAS ONDE ESTÁ, POIS, O PERIGO EM NOSSOS DIAS?

 

    Está mais perto do que imaginamos! Basicamente o perigo vem no discurso, e o discurso se camufla. Mas a questão continua: onde está o discurso? E o que posso fazer para não me expor a ele?

    Na internet, na tv, e até mesmo na escola, o perigo está à espreita. Pois homens sem Deus são quem idealizam, selecionam e apresentam seus discursos em  conteúdos que chegarão a nossos filhos, seja pela grande mídia (internet e tv) ou pela própria escola, já que os conteúdos são determinados por pessoas descompromissadas com a verdade e com a Bíblia; pessoas que integram um sistema que, em sua essência, é contrário à vontade de Deus.

    ENTÃO, COMO FAZER?

    Primeiro, é preciso identificar tais práticas discursivas. Ou seja, identificar como é que informações e ensinos contrários à vontade de Deus estão chegando até nossos filhos. Depois, precisamos agir. Reunirmo-nos com eles periodicamente; perguntar-lhes como andam as coisas na escola; verificar o conteúdo de seus livros; perguntar-lhes diretamente que atividades realizou-se em sua sala naqueles dias e, não esquecer de deixar um tempinho para falar-lhes da palavra de Deus. Afinal de contas, essa é nossa responsabilidade! (ver Prov. 22.6).

    Em muitos casos, precisamos lembrá-los do que diz a palavra de Deus: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens”(At.5.29). Quanto a nós, os pais, precisamos estar dispostos a rejeitar e a condenar as obras das trevas (Efésios 5.11), e ensinar a nossos filhos a fazer o mesmo. Vejamos, por exemplo, os claros exemplos das Escrituras:

 

Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas,  nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus (1 Co. 6.9,10).

    O mundo, em sua fase aclamada como Pós-Moderna, quer inculcar em nossas mentes e, principalmente, nas de nossos filhos, que todas estas qualidades desaprovadas por Deus são normais; querem nos encorajar à desobediência a Deus e a sua Palavra.

         Nas escolas, segmentos do governo tentam impor aos nossos filhos a aceitação de práticas voltadas à homossexualidade; chegando ao absurdo de tentarem empurrar de goela abaixo a infundada “ideologia de gênero”, que postula que ninguém pode saber se seu filho é macho ou fêmea, homem ou mulher! Seria cômico se não fosse trágico! (perdoem-me o clichê).

    Esse é um momento para se pensar em algo para a defesa de nossos filhos. Talvez não possamos fazer muita coisa, e sejamos até vítima de perseguição em um futuro próximo, sob a acusação de estarmos sendo obstáculo ao sistema educacional, mas, ao menos, podemos fazer como fez Joquebede, a mãe de Moisés – ensinar a nossos filhos o temor à Palavra de Deus; e fazer isso com urgência, antes que o mundo encha-os de suas mentiras.

    O que não podemos fazer é nos iludir, e não ver o perigo que nos rodeia; a nós e a próxima geração. É com isso que o perigo está contando – que nós não o percebamos, e apenas digamos: “não tem problema, isso é normal”.

    Fujamos do perigo, aplicando-lhe assim o maior golpe; demonstrando-lhe que estamos atentos!