GUIA-ME PELAS VEREDAS DA JUSTIÇA - PARTE 2

31/07/2014 22:08

No  texto anterior destacamos que sozinhos jamais conseguiríamos seguir pelas “veredas da justiça”. Lembramos também que esta foi uma das preocupações do apóstolo Paulo quando escreveu aos gálatas os alertando a não confiarem em si mesmos para que não decaíssem da graça. No entanto, faz-se necessário que se evite enveredar pelo caminho do liberalismo e tornar a graça de Deus em dissolução, e é nesta preocupação que nos ocuparemos um pouco.

Saber que o Bom Pastor nos guia pelas veredas da justiça não pode ser pretexto para termos uma vida sem compromisso com Deus. Não se deve confundir a bondade do Bom Pastor em nos guiar com a ideia de que Deus abre mão de sua santidade.  A palavra de Deus não deixa espaço para tal interpretação. Escrevendo aos romanos, Paulo deixa bem claro: “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida (Rm 6.1-4).

Estar debaixo da graça não nos dá o direito de brincar com Deus! A Bíblia nos adverte: “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo (Hb 10.31).” Essas palavras foram ditas no contexto da necessidade de se reter a confissão da fé no sacrifício do Messias – o Bom Pastor. “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou... Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu. (Heb 10. 19,20,23).” Não ignorando esse fato, o salmista Davi não deixou de incluir em seu salmo: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam (Salmos 23:4).

Vara e cajado, ferramentas indispensáveis para o Pastor. Davi as conhecia muito bem! Para corrigir a ovelha, o pasto tem a “shebet” ( a vara), e para ajudar àquela ovelha que escorrega para o perigo, ele tem o “mish`enah” ( o cajado).  É assim que o Bom Pastor nos guia! E Ele o faz por amor de seu nome. Nós não merecemos tamanho cuidado; é por sua graça infinita!

Que jamais tornemos a graça de Deus em libertinagem; “Porque se introduziram alguns, ... homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus (Jud 4)”.

Na esperança de que este pequeno texto nos encoraje  na caminhada e aumente nosso desejo de obedecer ao Mestre, sem jamais abusarmos de sua graça, e na certeza de que Ele sempre nos guiará pelas veredas da justiça, saúdo-vos com a doce paz do Senhor Jesus.

Fraternalmente,

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Ir. Genildo Alves de Lima