QUANTO TEMPO AINDA NOS RESTA?

31/10/2012 13:44

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Todas as manhãs, quando olhamos o nascer do sol, ou, às tardes, quando observamos o lindo poente, somos agraciados com a oportunidade de perguntar até quando esperaremos a volta de Cristo. Mais um dia que se vai, ou outro que começa; quanto tempo ainda nos resta? Às vezes, nos vemos apanhados pela vergonhosa constatação de que estávamos demasiadamente distraídos, como se achássemos que ele não voltaria. Distração é algo quase natural, mas pode dar-se com excesso! Aí então, é que o cristão sincero corre aos pés do Mestre, em oração, para pedir-lhe misericórdia; pois é somente por sua graça que se consegue prosseguir.
A volta de Jesus é a maior esperança do cristão. Essa é a mais sublime promessa que a igreja recebeu. Ela, assim como uma noiva que aguarda o dia de seu casamento, espera ansiosamente ser levada  ao lar celestial! Digno de nota também, é a pressa com que ela será levada para seu lar. Ela será tirada com tamanha pressa, que a palavra usada por Paulo, quando escreveu aos tessalonicenses para falar sobre esse tema, é derivada do verbo grego “ harpazo”, que significa raptar,  tirar com ímpeto(ver 1 Tss. 4.17). A igreja de Cristo espera o dia em que será tirada desse mundo  com muita rapidez; ela será “arrebatada”!  Isso porque, o que virá depois é uma sequência de catástrofes que cairão sobre esse mundo incrédulo; e nenhum noivo, que ama de verdade, desejaria ver sua amada passar por isso. Como dito acima, é vergonhoso o momento em que nos vemos distraídos quanto a esse grandioso dia!
Quando será esse dia é uma pergunta que ninguém resiste ao desejo de fazer; e a resposta já nos foi dada pelo Senhor Jesus: "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai"  (Mateus 24 : 36). Seria esse  o dia do fim do mundo? Não. E também não é o dia do arrebatamento da igreja; não é sobre o arrebatamento que Jesus está falando nesse momento. Embora seja possível inferir do discurso que esse dia seja, pelo menos, um indicador de grande proximidade para ambos os eventos, ele parece muito mais apontar para a vinda do Messias em glória, para restaurar o reino a Israel, e instaurar  o reino milenar de Cristo sobre toda a terra. Mas se esse dia não é o do arrebatamento, então a pergunta continua, aparentemente, sem resposta! Vamos com calma! O fato é que esse dia e hora de que Jesus fala se dará sete anos após o arrebatamento.  Assim, a urgência do arrebatamento continua, uma vez que a vinda de Jesus em glória pode acontecer nos próximos sete  anos; e a resposta de Cristo é pertinente o bastante.¹
O arrebatamento da igreja é iminente, e por isso, é agente motivador de uma vida em santidade e perseverança, uma vez que, se não sabemos quando  ele acontecerá, nos mantemos vigilantes a fim de não sermos apanhados em decepcionante surpresa. Esse dia é chamado nas escrituras de “bem-aventurada esperança”, e é um ensinamento da graça manifesta de Deus: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente,  Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo”(Tito 2.11-13).  Unida à alegria do arrebatamento está a esperança de estar na presença de Deus eternamente, e a essa esperança está atrelado um compromisso sincero, o qual o apóstolo João não esconde de seus leitores, e o Espírito Santo não deixa de nos revelar:  “E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro”(1 Jo 3.3). Assim, resta-nos agradecer a Deus por tamanha providência: nos amou, nos salvou, está conosco todos os dias e, além disso, nos proporciona uma constante motivação para o aguardar perseverantemente.
Diferente daqueles que vão aos extremos quando o assunto é o fim do mundo (ou seja, ou demonstram medo e pavor, ou, por não acreditarem, ridicularizam e fazem piadas), o verdadeiro cristão  leva isso muito a sério, mas alegra-se com o tema porque se sente seguro; ele sabe que seu futuro eterno está garantido. Apesar de saber que um dia esse mundo será destruído, o crente também sabe que um novo céu e uma nova terra o aguarda,  e pode contar com a certeza de que reinará com Cristo durante o milênio, e depois estará nos céus eternamente. Não é concebível que haja no cristão “um negligenciar” desse maravilhoso dia, entregando-se aos afazeres e preocupações desta vida, nem tampouco deve haver a insegurança e o medo, ou o desengano; antes, faz-se necessário buscar, nas escrituras sagradas e nas orações, o alento para combater o bom combate, e correr com paciência a carreira que nos está proposta (ver.Heb 12.1).
Há uma coroa de justiça guardada para todo aquele que ama a vinda de Jesus. “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”(2 Tm 4.8). A igreja de Cristo é sua noiva (ver 2 cor. 11.2; Ef 5.31,32); e qual a noiva que não estaria ansiosa pelo dia do casamento? Porque estaríamos pondo qualquer coisa acima desse amor? Ele, de tudo abriu mão por  nos amar! Ele nos amou até o fim (João, 13.1). E foi exatamente na noite em que sofreu a traição, quando provava dessa decepção, que ele nos prometeu: “NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar” (Jo 14.1,2). Não apenas nos prometeu preparar-nos lugar, mas também que voltaria para nos buscar. E nesse momento revelou-nos o quanto nos quer consigo, quando disse: “vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (Jo 14.3). Ter-nos ao seu lado  é seu prazer declarado; quão amáveis são suas palavras: “para mim mesmo”. Que privilégio para nós!
Há quem entre em detalhes quanto ao local onde os salvos passarão a eternidade; se seria no céu ou na terra; e, se no céu,  se seria o mesmo céu onde Deus está. No entanto, para os que confiam e contentam-se com o que Jesus nos disse, basta saber que “onde Ele estiver, estaremos nós também!”
Quanto tempo  ainda nos resta, é o que nos vem a mente a cada ocaso contemplado... e a qualquer momento o mundo será apanhado de surpresa por esse evento. Mas de uma coisa sabemos: assim que o número de salvos, que segundo a presciência de Deus compõe a totalidade de Sua Igreja, se completar, Jesus a levará para a glória! A questão agora é: quantos salvos ainda faltam nesse número? Ou: e se estiver completando-se agora mesmo? Mas a mais importante pergunta é: Eu já faço parte desse número? Eu já aceitei a Jesus como meu Salvador pessoal e Senhor de minha vida, e entreguei a Ele meu coração? Ele voltará em breve. E convidou a todos para fazer parte daqueles que serão levados para junto dele. O convite ainda está de pé...! "E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida"  (Apc. 22 : 17).
O tempo, há muito tempo está cumprido. Jesus, nosso Deus e Salvador, já manifestou o seu amor e desejo de nos levar para Ele mesmo, para estar juntinho a nós por toda a eternidade. E nós...? Com que “ardor” estamos a sua espera?
Certo de que, em constante oração a Deus, e zelosa reflexão em sua palavra, "... à qual bem faze[mos] em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em [n]ossos corações" ( ver II Pd. 1:19), e na certeza da esperança de que em breve estaremos na eternidade com Cristo, saúdo a todos com sua gloriosa paz.
Fraternalmente,
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Ir. Genildo Alves de Lima

   1- Veja o livro do profeta Daniel, capítulo 9; também Mt.24; Ap.12, e mais referências,  para saber mais sobre o período da “Grande Tribulação” – tempo que durará sete anos e que se dará após o arrebatamento da igreja.