SERIA MESMO BOM O BOM QUE QUEREM QUE SEJA?

28/01/2013 08:27

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SERIA MESMO BOM O BOM QUE QUEREM QUE SEJA?

Genildo Alves de Lima

 

 

O que aconteceria se retirassem da escola as referencias a Deus? O que aconteceria se os alunos não tivessem esse referencial? Como seriam essas escolas e suas aulas? O que é, ou deve ser a escola? Ela é o lugar onde se “formam cidadãos”. Mas o que é mesmo um cidadão? A escola é o lugar que abriga a transmissão e produção  de conhecimentos capazes de tornar seus receptores em indivíduos   “interventores e contribuintes” da   sociedade, visando sempre seu bem! Mas o que é, de fato, o bem? Bom... Talvez alguém diga que o bem e o que a maioria eleger como bem! Mas será isso verdade? E, o que é a “verdade”?

É perceptível a frequência de perguntas que se apresenta no parágrafo acima, e, é possível que o leitor seja tentado a acrescentar mais uma: “por que tantas perguntas justamente quando espero respostas?” acontece que, geralmente,  esquece-se de que são as perguntas que “desencadeiam” as respostas.veja-se por exemplo, as perguntas aqui inseridas:

  • O que aconteceria se retirassem da escola as referencias a Deus?
  • O que aconteceria se os alunos não tivessem esse referencial?
  • Como seriam essas escolas e suas aulas?
  • O que é, ou deve ser a escola?
  • O que é um cidadão?
  • O que é o bem?
  • O que é a verdade?

 

Não obstante à quantidade de perguntas inseridas no texto, ele também apresenta algumas respostas: ele responde o que é “escola”, afirmando que  “é o lugar para construir interventores contribuintes para um sociedade melhor.” Embora deva-se admitir que é imperiosa a necessidade de fazer uma nova pergunta: “ o que é uma sociedade melhor ?”

 

A continuidade deste texto pretende responder às perguntas apresentadas.  Há a certeza de que novas perguntas podem surgir na mente  do leitor, o que é natural, já que ele é um ser pensante; mas aí, o foco de suas perguntas já serão em uma nova direção. Mas desde já, é importante que se registre: as mais importantes perguntas são aquelas, cujas respostas têm implicações para toda a eternidade. É o caso da resposta para a primeira pergunta: “uma escola que perde a referência a Deus, ela, de fato, perde a referência!” Pois não há referencial, ao menos, mencionável, quando não se tem a Deus. Então por que imaginar tal cogitação?

Há algumas décadas, diversos formadores de opiniões veem se articulando com a pretensão de eliminar a presença de visões teístas ( visões fundamentadas na existência de Deus) na escola. Eles usam como pretexto a necessidade de  conveniência com a laicidade[2] a que o país diz comprometer-se. Essa tendência vem sendo lentamente implantada desde o advento do iluminismo/humanismo, quando os homens passaram a afirmar que o Teocentrismo (Deus é o centro) não mais estaria habilitado a responder os anseios da humanidade e, que agora, o antropocentrismo ( o homem  é o centro) era a saída. Hoje, mais que nunca, esses formadores de opiniões, e “intelectuais da pedagogia ateísta”, estão empenhados em colocar na sociedade esse tipo de escola. E acredite,  eles afirmam que isso será bom para todos! Nosso dever como seres pensantes e sujeitos aprendentes é formular e tentar, prudentemente, responder a pergunta: “Seria mesmo bom o bom que querem que seja?” Para responder tal pergunta a proposta do presente texto é de seguir o caminho inverso das perguntas acima apresentadas: da ultima pergunta até a primeira.

A verdade existe e pode ser conhecida? Essa é a primeira pergunta que precisamos responder. E sua resposta é simples: Sim. Aliás, é preciso que se diga: Se  a verdade não existe, pergunta alguma pode ser respondida! Não é mesmo verdade?  Ao responder essa pergunta pode-se, então, dar continuidade as demais.

Há ainda outra forma de proporem a verdade: É a proposta relativista. Nesta proposta a verdade existe mas não é absoluta; “toda verdade é relativa”, afirmam eles. Ou seja: a verdade para você pode não ser a verdade para mim. Mas isso não é verdade! A proposição matemática 2+2=4 é verdade em qualquer lugar e tempo no mundo. Imagine você: Se a verdade fosse relativa , as pessoas que defendem tal ponto de vista não deveriam conferir seu saldo bancário,  ou o valor de seu saque! Afinal, de que discordariam...? Para passar a limpo eventuais dúvidas, basta perguntar a quem lhe diz que a verdade é relativa: isso é absolutamente verdade? E a resposta dele exigirá que ela  o seja!!

Se o verdadeiro existe absolutamente, existe também o falso. De modo que uma afirmação pode ser tanto verdade como mentira. Assim podemos responder que o bem é de grande valor e, com certeza, não pode ser simplesmente aquilo que  faz bem a uma pessoa em particular, ou que faz bem a uma maioria. Por exemplo, parecia  “o bem” as propostas de Hitler para a maioria dos alemães de seu tempo, mas para os 6 milhões de judeus que ele assassinou foi exatamente o contrário!  O bem é o oposto do mal, e se podemos separá-lo, por certo, há em nós uma presença forte, que chamamos de “moral”(aquela capacidade inata de sabermos o certo e o errado).

Sabendo que há a verdade e o bem, e que o bem provém de uma fonte  superior  (já que constantemente notamos em nós deficiências que caracterizam a ausência do bem), podemos entender que o bem nos liga a algo maior, a algo que, necessariamente, é perfeito –  Deus!

O bem existe e, naturalmente, todo ser humano sente a necessidade de aproximar-se dele.  O bem não é bem porque é “bom para mim”. Não é porque é “bom para mim” que ele é “bem”; mas, pelo contrário: por ser “o bem” será, então, “o bom para todos”! O que é, então, o bem? O bem é aquilo que satisfaz a vontade daquele que é sua fonte. E o que é a fonte do bem? Como já posto, a resposta só pode ser uma – essa fonte é o próprio Deus, o Criador de todas as coisas! Com isso, não há dúvidas de que o verdadeiro bem só pode ser alcançado em Deus, sua legitima fonte; e, consequentemente, nossa resposta fornece todas as outras:  Não há, pois, cidadania do bem, se ela não bebe da fonte do bem. Não haverá alunos exemplares nem aulas proveitosas em escolas que não cultivem essa realidade!

CONCLUSÃO

Se em algum momento a escola suprimir as referências ao Criador (o que já vem acontecendo em alguns livros didáticos, por exemplo, os livros de história, geografia e biologia quando tratam da origem da vida), o que teremos será uma “catástrofe pedagógica” que só servirá, temporariamente, aos poderosos capitalistas que vivem de explorar comercialmente cada ser humano, e para isso não querem obstáculo algum; principalmente o conhecimento sobre Deus, que traz à ética, a moral, a sobriedade e outras qualidades que o homem, por si só, jamais terá. Uma geração de homens sem propósitos, cujo princípio não passou de uma coincidência de fatores  físico-químicos que “o nada produziu numa explosão[3]” não passará de uma sociedade que se autodestruirá na própria busca desesperada pelo desejo de perpetuar-se! Pois tendo como perspectiva a ideia de que veio do nada e para o nada se destina, apenas lhe restará a motivação de sobreviver e viver para agradar a si mesmo, mesmo quando para isso tenha que suprimir seu semelhante.

Esses formadores de opiniões não escondem o que realmente não querem: “submeterem-se a um padrão moral superior”. Pois admitir a existência de um Criador significa ser criatura, e a função da criatura é honrar o Criador. Uma sociedade melhor não se fará com uma escola sem Deus. Ele é a fonte do bem, de onde provém “o melhor”. Alunos que não tenham a Deus como o maior referencial não poderão, jamais, serem sujeitos “interventores-contribuintes-benéficos” da sociedade. Os defensores do “laicismo extremado” apresentam uma escola sem qualquer referência a Deus como sendo algo “bom” para a humanidade. Mas seria mesmo bom o bom que querem que seja? Um bom cidadão, um interventor-contribuinte-benéfico diria que a verdade absoluta está na resposta: NÃO!

 



 

 

[2] Qualidade de “Laico”-= Que vive no, ou é próprio do mundo, do século; secular (por oposição a eclesiástico).

Dicionário Aurélio – Século XXI

[3] Os adeptos da teoria da evolução postulam a teoria do big bang, onde tudo teria surgido de uma explosão que espalhou elementos químicos que, posteriormente, deram origem a vida como a conhecemos.